Era o tempo do Bem Vindo.
O anão que cuidava das pombas do centro da cidade. Naquele tempo, a praça
Coronel Salles era ponto turístico.
Tá certo que o chão era
meio irregular. Pelo menos era bem arborizada. E todo fim de tarde, depois da
aula na casa da dona Lourdes Pallo, a gente se divertia na praça, vendo o Bem
Vindo alimentando as pombinhas.
Depois disso fui embora.
Não tive mais noticia do Bem Vindo. Mas a nossa praça, que passou por tantas
reformas, foi sofrendo seguidos massacres. O último foi em 2008, no dia 7 de
setembro. A inauguração deve ter sido de arromba.
O povo perdeu seu cinema
(o Cine São Carlos), as árvores, uma ruazinha que depois foi refeita (entrada
da Escola Paulino Carlos). Fizeram o
salto da Maurren Maggi. Outra bobagem. Ninguém entende aquela lata enferrujada...
A máxima sobre arquitetura
é aquela: para estes profissionais tanto faz. Não são eles que vão morar nas
casas projetadas por eles mesmo. Entregam a obra e pronto.
Com a praça é a mesma
coisa. Se eles não vão frequentar, porque se preocupar com sombra, bancos,
sustentabilidade.
Prefiro a praça da época
do Bem Vindo.
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